quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Nações indígenas... até quando?

Uma grande variedade de povos habitavam o sul do continente americano antes da colonização movida pelos europeus a partir do século XV. São os chamados povos ou nações indígenas, ameríndios ou apenas índios.

A partir da colonização - por portugueses, espanhóis, franceses, ingleses e holandeses, principalmente - eles foram explorados, perseguidos, escravizados, massacrados, expostos como curiosidade, catequizados, aculturados ou expulsos para regiões mais distantes do litoral e dos centros de mineração, plantio, criação de animais  e comércio que foram se formando ao longo dos séculos seguintes no chamado "Novo Mundo". E assim permanecem até os dias de hoje. As pressões sobre eles, sua cultura, modo de vida, conhecimentos, habitat, prosseguem, por razões diversas, geralmente associadas ao poder capital.

No Brasil, atualmente, testemunhamos estarrecidos tribos inteiras sendo dizimadas nas regiões Centro-Oeste e Norte, onde, até pouco tempo ainda podiam gozar de alguma autonomia. Morte aos indígenas, pelo avanço da agropecuária, da mineração, do comércio de madeiras.

Parques e áreas demarcadas, após longas e árduas lutas pelos direito dos indígenas, não são respeitados. Muitas vezes o aparato público que deveria conter as invasões e atrocidades, fica omisso, ou até colabora com os fora da lei. Tudo por dinheiro. Destroem-se nações indígenas, meio ambiente, cultura, conhecimentos, ética e moral.

Mas nas escolas continuamos comemorando o 19 de abril. Eles são quase uma lenda, mas nossos filhos continuam a imitar-lhes a cultura para festejar a semana do índio.

Tomara que pela educação as novas gerações possam ter realmente algo a celebrar. Quanta beleza, sabor, cor, cheiro, sabedoria e graça nos legaram nossas raízes indígenas. Não podemos ter no Brasil um Estado Democrático competente o suficiente para favorecer a vida dos poucos remanescentes de povos indígenas e preservar as reservas naturais onde ainda há lugar para as fontes de águas, plantas e animais incríveis?

A cultura brasileira também está repleta da contribuição desses povos. Quem não já desfrutou do balançar gostoso de uma rede? E quem já não se deliciou com a farinha de mandioca, o beiju, o açaí? O delicioso chocolate também tem sua origem em hábitos de ameríndios. São incontáveis contribuições em nossos hábitos, palavras, sabores.

Também há algumas práticas que nos chocam em determinados povos indígenas, como o canibalismo - que segundo relatos era praticado por certos grupos, durante o período colonial - e a rejeição e enterramento de bebês deficientes ou albinos ainda vivos - que leva algumas mães a abandonarem a aldeia para salvar seus bebês, e que ainda constitui um desafio, no sentido de que requer intervenção externa para que não mais seja adotada. Enfim, como em todas as sociedades há também o lado negativo. Mas há muito mais de beleza e sabedoria, que impressionam.

Vamos ver algumas imagens que remetem aos povos indígenas em território brasileiro, aos efeitos da colonização sobre eles e aos remanescentes.

Forêt_Vierge, As bordas do Paraíba.

Rugendas.
Rugendas.

Rugendas.
Debret.




Rugendas.







Debret.
Rugendas
Rugendas - Puri.
 





 












Rugendas.
Rugendas.
Rugendas.

Rugendas.
Debret.
Combate aos Botocudos, Debret, 1827.
Rugendas.




Debret, Guaranis.


Fotografia de escravidão indígena no século XIX.
Zoológico Humano do século XIX.

Índio Umauá na antiga Província do Alto Amazonas,
região do rio Solimões (fotomontagem), c. 1867.












1882, Marc Ferrez, Instituto Moreira Salles.
Botocudos no Rio Doce. Walter Garb, 1909.
Comissão Rondon, 1910.


Walter Garbe. Índios Botocudos, 1909.







Eduardo Jun, 1999.






 










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