Só me resta agora
Esta graça triste
De te haver esperado
Adormecer primeiro.
Ouço agora o rumor
Das raízes da noite,
Também o das formigas
Imensas, numerosas,
Que estão, todas, corroendo
As rosas e as espigas.
Sou um ramo seco
Onde duas palavras
Gorjeiam. Mais nada.
E sei que já não ouves
Estas vãs palavras.
Um universo espesso
Dói em mim com raízes
De tristeza e alegria.
Mas só lhe vejo a face
Da noite e a do dia.
Não te dei o desgosto
De ter partido antes.
Não te gelei o lábio
Com o frio do meu rosto.
O destino foi sábio:
Entre a dor de quem parte
E a maior — de quem fica —
Deu-me a que, por mais longa,
Eu não quisera dar-te.
Que me importa saber
Se por trás das estrelas
haverá outros mundos
Ou se cada uma delas
É uma luz ou um charco?
O universo, em arco,
Cintila, alto e complexo.
E em meio disso tudo
E de todos os sóis,
Diurnos, ou noturnos,
Só uma coisa existe.
É esta graça triste
De te haver esperado
Adormecer primeiro.
É uma lápide negra
Sobre a qual, dia e noite,
Brilha uma chama verde
O Brasil é um belo e imenso país, de natureza exuberante e de população e cultura bastante ecléticas. Repleto de belezas naturais e das marcas dos diversos povos presentes no território antes de 1500 e que para aqui migraram a partir da colonização portuguesa. O Brasil é incrível! Não podemos deixar que a ignorância, a ganância, a violência e a estupidez destruam essa nação especial. Precisamos contribuir para que as novas gerações conheçam, admirem, valorizem e cuidem melhor do Brasil.
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