quarta-feira, 27 de setembro de 2017

A Corte Brasileira, por Jean-Baptiste Debret

Você já percebeu como o carioca gosta de tudo que se refere a realeza? Como as Cortes do mundo, reinos remanescentes da modernidade, encantam o imaginário carioca? Personalidades das realezas têm suas rotinas acompanhadas como verdadeiras figuras mitológicas, como se o imaginário do carioca permanecesse encantado com a cultura da Corte, de reis, rainhas, princesas, palácios e seus rituais reais.

O carioca também costuma evocar adjetivos bem característicos dos vocabulários reais quando querem exaltar celebridades. E frequentemente elege seus reis e rainhas, do samba, do futebol, dos baixinhos e outros. É como uma nostalgia relacionada a própria realidade do Rio de Janeiro, num tempo não tão distante assim. É um aspecto cultural frequentemente evocado pela mídia carioca e que contagia toda a sociedade brasileira.

O pintor, desenhista e professor francês, Jean-Baptiste Debret, veio para o Brasil compondo a Missão Artística Francesa no início do século XIX, e fez muitos registros da Corte brasileira, o Rio de Janeiro. Suas aquarelas mostram muitos aspectos da cultura da época: hábitos; moradia; comércio; trajes; religiosidade; lazer; transportes; alimentação; trabalho.

Aliás, em tantas imagens é possível ver como os africanos e seus descendentes no Brasil tiveram papel fundamental em toda a estrutura social. Eles estão sempre presentes em grande número, com toda a sua garra, inteligência, força, resistência, beleza e alegria, dotando a cultura brasileira das riquezas que trouxeram da África, em suas mentes, corações e ações.

Nota-se também diversas outras influências marcantes na composição da nossa cultura: portuguesa, indígena, árabe, cigana e chinesa, por exemplo.

Vamos ver os registros de Debret, passear pela Corte brasileira do século XIX e perceber essas influências?


Paris, 1768-1848.




































































      

  





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