quinta-feira, 15 de julho de 2021

Antônio Maria, Se eu morresse amanhã

 De que serve viver tantos anos sem amor

Se viver é juntar desenganos de amor

Se eu morresse amanhã de manhã

Não faria falta a ninguém

Eu seria um enterro qualquer

Sem saudade, sem luto também

Ninguém telefona, ninguém

Ninguém me procura, ninguém

Eu grito e um eco responde: "ninguém!"

Se eu morresse amanhã de manhã

Minha falta ninguém sentiria

Do que eu fui, do que eu fiz

Ninguém se lembraria


In: A tua presença. Disco Philips, Rio de Janeiro, 1971, faixa 5, lado 2.






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